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O Projeto Motirõ, idealizado pelo Coletivo Cacareco, chega ao fim de sua itinerância pelo Paraná após levar o teatro lambe-lambe a diferentes cidades, sempre com apresentações gratuitas em escolas e instituições sociais. De forma sensível e intimista, a iniciativa alcançou públicos diversos — de crianças a idosos — em municípios como Cândido de Abreu, Irati, Rio Azul, União da Vitória e Guarapuava, democratizando o acesso à cultura e despertando novas percepções artísticas.

Além das apresentações em diferentes cidades, o projeto também promoveu uma oficina de conhecimentos básicos sobre iluminação cênica durante o Festival Prosiá, em Ponta Grossa. A atividade reforçou o compromisso do Coletivo Cacareco com a formação artística e o fortalecimento da cena cultural local, ampliando os impactos do projeto para além dos espetáculos.

Criado em Ponta Grossa, o Motirõ percorreu o interior do Estado com uma proposta única: aproximar o espectador de pequenas narrativas encenadas dentro de caixas cênicas. Cada apresentação, assistida por uma pessoa de cada vez, se transforma em um momento exclusivo de encontro entre arte e público. “O teatro lambe-lambe proporciona uma conexão direta entre o artista e o espectador, oferecendo um instante único de reflexão e envolvimento com a arte”, destaca o idealizador do projeto, Renan Sota.

Para a artista Bya Paixão, que assina a produção executiva ao lado de Renan, o encerramento simboliza também a continuidade da linguagem. “O Motirõ deixa sua marca por onde passou, tocando estudantes e comunidades com a magia do lambe-lambe. É emocionante ver como uma experiência tão simples em formato pode ser tão profunda em significado”, afirma.

O fim da circulação do Motirõ acontece dentro da 2ª Mostra de Teatro Lambe-Lambe de Ponta Grossa, evento que reúne três produções do gênero: além do Motirõ, participam Patrimônio em Miniatura e Grimm, este último com quatro novas caixas inspiradas nos contos dos Irmãos Grimm. O destaque aberto à comunidade será no dia 26 de setembro, no CECI, com sessões às 19h e 20h30.

O nome Motirõ vem do tupi e significa “ajuntamento de pessoas para realizar algo em benefício comum” — ideia que traduz a essência do projeto e sua missão de reunir coletividade, sensibilidade e arte em torno de uma mesma experiência cultural.

A realização do Projeto Motirõ é possível graças ao apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná – Governo do Paraná, com recursos da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura – Governo Federal.